Uma objetiva é uma lente óptica ou conjunto de lentes usada em conjunto com um corpo de câmera e um mecanismo para reproduzir imagens em um filme fotográfico ou em outra mídia capaz de armazenar uma imagem quimicamente ou eletrônicamente. É o elemento óptico que foca a luz da imagem no material sensível (filme fotográfico ou sensor digital) de uma câmera fotográfica.
História da objetiva
As primeiras imagens permanentes produzidas por Daguerre e Fox Talbot em 1830 foram quase certamente feitas utilizando uma lente convexa dupla simples a qual era de uso comum na época em Câmeras escuras. Como a fotografia foi se desenvolvendo, as lentes simples foram substituídas por pares acromáticos tirados de objetivas de telescópios.
Em 1840 Chevalier, um óptico parisiense, e Wollaston na Grã-Bretanha desenvolveram os meniscos acromáticos.
Contudo em 1841 a Voiglander e o professor Petzval de Viena desenvolveu e vendeu comercialmente a primeira lente de retrato que compreendia um dístico planoconvexo cimentado separado por um diafragma fixo de um dístico no fundo. Modificações deste design rapidamente entraram em produção por Dallmeyer e Grubb.
Em 1885, as lentes que possuíam um dístico intermediário em vez de um diafragma foram introduzidas e se tornaram o modelo para o tripleto de Dallmeyer que teve a inspiração para muitas lentes desde então.
Objetivas especiais
Objetiva macro
Quando temos necessidade de trabalhar a distâncias muito curtas, podemos solucionar o problema de quatro formas:
- com lentes de aproximação;
- com tubos de extensão;
-com foles;
- com objetivas macro.
Geralmente, estas objetivas são de 50 mm, mas permitem prolongar duas ou três vezes mais a sua distância focal.
Estas ópticas servem, do mesmo modo, para fotografar motivos distantes, mas, nestes casos, a nitidez é inferior à de uma objetiva 50 mm (normal).
Objetiva olho-de-peixe
Este tipo de objetiva foi essencialmente criado para obter fotografias no campo da meteorologia, devido ao seu enorme campo de visão. Produzem sempre imagens circulares em que as linhas rectas aparecem, normalmente, curvas.
Apesar de causar distorções incríveis, é a objetiva que possui o maior ângulo de visão e que apresenta a maior ''profundidade de campo''.
Objetiva zoom
A grande vantagem deste tipo de objetivas reside no facto de a sua distância focal poder variar consoante as nossas necessidades. Este movimento de variação consiste na deslocação de um grupo de elementos da objetiva para trás ou para frente, ao longo do corpo da óptica.
Ao variarmos este grupo de elementos da objetiva, simultaneamente estamos a variar a sua distância focal.
A objetiva zoom possui, para além deste corpo amovível, um elemento de focagem, o qual mantém a fotografia nítida.
Este tipo de objetivas divide-se em duas categorias distintas:~
- de dois movimentos;
- de um movimento.
Funcionamento
As objectivas podem estar embutidas no corpo da câmara (como numa câmara compacta) ou podem ser intermutáveis (como em câmaras SLR). A objectiva permite controlar a intensidade da luz que a atravessa (abertura) através do diafragma, permitindo maiores ou menores exposições à luz. A abertura é medida em números-f. f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22 (números maiores correspondem a menores aberturas). A distância focal (medida em melímitros) de uma objetiva indica o seu grau de ampliação da imagem e o seu ângulo de visão. Uma objectiva de 50mm, diz-se uma objectiva normal e corresponde aproximadamente ao ângulo de visão do olho humano. Todas as distancias focais abaixo de 50mm são consideradas grande angular , pois oferecem um maior ângulo de visão, e todas as distancias focais acima dos 50mm são consideradas teleobjetiva, pois têm um ângulo de visão inferior e aproximam a imagem. As objectivas podem ter apenas uma distância focal, comumente chamadas de "focal fixa" ou simplesmente "fixas", ou permitir um intervalo de distâncias focais, como por exemplo 28-80mm. Estas últimas denominam-se zoom.
Trabalho realizado por
Ana Raquel e
Lucas Costa.